quinta-feira, 24 de abril de 2014

Os Benefícios da Dança de Salão

A Dança de Salão é uma atividade física que nos proporciona grandes benefícios. Já reconhecida pelo Concelho Regional de Educação Física como um esporte,a dança de salão tem seus méritos avaliados pela ciência, pela psicologia, pela psicanálise e por vários campos sociais.
Com uma grande variedade de rítmos, alguns mais rápidos e outros mais lentos, podemos adequar a queima de calorias de acordo com o nosso estilo e condição física. Sabemos que dançar 1h. de samba ou forró é possível se queimar aproximadamente 583 KCal. e que em 1h. de bolero ou tango se perde 354 KCal. Outros grandes benefícios também são reconhecidos no sistema cardiovascular, respiratório e circulatório. Fortalece os membros inferiores, dando maior equilíbrio, auxiliando intensamente a coordenação motora e estimulando a concentração em todas as atividades.
A ciência já concluiu que o nosso corpo é uma máquina que precisa ser aperfeiçoadaa a todo momento, que devemos estar em continuo trabalho de busca para o nosso bem estar e bom funcionamento do nosso corpo. A dança de salão nos remete ao mundo de saúde e de alegria, com vantagens em todas áreas que precisamos para ter uma vida com maior qualidade, pois o seu lado social reacende a nossa essência e o nosso potencial de comunicação.
Esta atividade não tem limites de idade. Muitos jovens procuram a dança de salão por serem muito tímidos, outras pessoas por buscarem novas amizades, casais em busca de uma nova oportunidade no relacionamento e outros por lazer e entretenimento. Ao contrário de que muitos pensam, esta atividade já superou muitos preconceitos e agora é aceita em todos os níveis de idade. Cada vez mais os salões de dança de salão estão cheios, mostrando que qualquer ritmo pode ser dançado a dois e com muita qualidade. É interessante ressaltar , que a dança de salão nos coloca em contato com o nosso mundo interior. Cada vez que nos deixamos envolver com uma música, expressando os nossos sentimentos e as nossas emoções, estamos deixando o nosso interior se manifestar. Muitas vezes é exatamente isto que estamos precisando para nos sentirmos melhores.
Os vários estilos de ritmos e suas diferentes posturas nos dão a possibilidade de trabalhar as nossas diferentes emoções e sentimentos. O bolero com o seu romantismo oferece a oportunidade de um encontro, de uma aproximação, de uma reconciliação, ou de simplesmente mostrar a nossa sensibilidade diante de palavras de amor, de poesia, saudade e de encanto. Temos no samba a alegria e a malandragem; no tango, o confronto e a paixão; na salsa, a sensualidade e a dinâmica dos quadris; o soutinho, sempre vibrante, e o forró trazendo a simplicidade. Isto mostra que o nosso universo interior está todo acoplado à dança. Este universo interior pode ser jogado para fora através das nossas emoções para que elas não se manifestem em nós em forma de doenças. Este é um veículo prático e prazeroso de se ter saúde, de se viver melhor, de ter novos amigos e uma vida social mais feliz. Tudo isto integrando saúde física e mental.
A queima de calorias, o equilíbrio nas funções vitais e o bem-estar social e emocional são benefícios facilmente atingidos com a dança. É possível desenvolver a sua criatividade através dos movimentos e dos giros, obtendo mais segurança nas atitudes diárias e buscando novos caminhos para a sua vida.
A dança vai te tornar mais perceptivo, melhorando a sua auto-estima, consequentemente elevando seu auto-respeito e sua auto-valorização, sendo um caminho agradável para a cura da depressão e de doenças psicológicas.

Dicas Básicas Para se Dançar Bem

Para se dançar bem, é preferível ser básico mas correto em alguns conceitos:


  • Postura:

A dança de salão é sempre uma comunicação entre duas pessoas, por isto devem estar sempre de frente uma da outra. Com a elegância de um soldado em movimento, sem encostar os cotovelos uns aos outros e sempre com o olhar dirigido ao parceiro, com leveza e tranquilidade: é só deslizar no salão.
O braço do cavalheiro deve passar pelas costas da dama e o a mão dela na primeira omoplata do parceiro, com as mãos entrelaçadas, deve se deixar um espaço em que caibam os braços entre o tronco dos dois.

  • Condução:

O cavalheiro deve se utilizar de movimentos leves com as mãos, com os braços, antebraços e pernas para conduzir a dama, sempre a direita dela. A condução se faz respeitando os limites de cada um, seja no conhecimento dos passos ou no ritmo que cada um possa alcançar. A dama é sempre levada pelo cavalheiro, se deixando envolver pelos ritmos para que tudo flua com tranquilidade e alegria.

  • Equilíbrio:

Para que se baile com beleza, é preferível dançar passos básicos para se ter um bom equilíbrio. Muitos giros e movimentos mais avançados não devem ser a preocupação de quem está começando.O importante é fazer bem feito o que se sabe e o que se pode, assim ficará mais bonito e sem maiores preocupações. Um bom equilíbrio trará ao casal leveza e um maior aperfeiçoamento no início.

Sinta se bem por conduzir e ser conduzida, por estar junto de alguém trocando sentimentos e emoções, ouvindo uma música de qualidade num salão e esbanjando alegria.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A História da Dança de Salão no Brasil.

A história da Dança de Salão iniciou-se no Brasil com a vinda da Família Real em 1808, trazendo as tendencias da Europa.

Por volta de 1815, os portugueses mandaram buscar professores para ensinar a cúpula da elite brasileira e aperfeiçoar os portugueses  na nova dinâmica dos ritmos que embalavam os grandes bailes das cortes na Europa.
Sendo muito bem aceita, a Dança de Salão cresceu dando origem a novos ritmos mais abrasileirados.Em 1870, os novos estilos foram sendo fortalecidos com a chegada do maxixe e do chorinho por volta do início do séc. XX, estavam já incluídas várias tendencias africanas, mais adaptadas à valsa ao estilo brasileiro e também começava a surgir o tango.
Com grande riqueza musical, logo chegaram os primeiros ensaios do samba, da bossa nova, do samba canção e, com a influência dos ritmos latinos, na década de 1930, surgiam as primeiras academias de Dança de Salão.
Apesar de nos anos 1960 e 1970 a Dança de Salão ter sido um pouco abalada com os movimentos da tropicália e da discoteca, voltou em grande estilo no final da década de 1980. Com grande trabalho feito por Maria Antonieta, a mestra que passou por todos os períodos desde os anos de 1940, na Academia Moraes.

Através de grandes mestres como Carlinhos de Jesus, Jaime Aroxa, Chico Peltier, Mestre Osvaldo e muitos outros conseguimos um grande espaço na sociedade novamente, com muito estilo, passos diferenciados, mais atitude diante dos preconceitos e conscientes dos imensos benefícios que a Dança de Salão nos oferece.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

História da Dança de Salão

Estou escrevendo sobre a história da dança de salão devido à importância de conhecermos a origem desta atividade física que nos traz tanta alegria e prazer.



Desde os tempos tribais, as sociedades utilizam de movimentos individuais, sejam para fins ritualísticos ou para fins de entretenimento. A partir do séc. XVIII, durante o reinado de Luís XIV, foi reconhecida publicamente a dança de salão, sendo admitidas duas teses sobre o seu surgimento:
- No séc. XVI, havia uma dança conhecida como Lavolta, dançada por um casal, mas sem que o homem colocasse o braço em volta da cintura da dama. Trazia muita semelhança em relação à Valsa, pois tinha passos largos, giros e tempos trinários. Era muito comum na Inglaterra e na França.


- Já no final do séc. XVII, na Alemanha e na Áustria, os camponeses dançavam com o braço ao redor da dama, utilizando passos largos, trinários e giratórios. Com muita semelhança à Lavolta, este rítmo passou por muitos preconceitos, e não se valorizavam as mulheres que o dançavam. Apesar de ser considerada vulgar e indecente, foi admitida quando um casal de nobres dançou durante um baile da corte.

Assim a dança de salão surgiu, com a nobreza aprovando o seu desenvolvimento e dando beleza e requinte aos seus estilos. Trazia uma postura impecável, lembrando a marcha dos soldados e a maneira como seguravam as espadas.