quarta-feira, 20 de maio de 2015

Arrocha

Observe bem o casal dançando, não se preocupe com a música

Arrocha, este ritmo esquenta todas as baladas de hoje. Ele chegou da Bahia no final dos anos 90, onde now bailes de serestas um cantor chamado Falcão, cantava todas as noites e teve a iniciativa de começar a acelerar os boleros dando um gingado maior nos quadris, com aquele jeitinho baiano de se dançar. Queria que os casais dançasse mais juntinhos, gritando para que eles se arrochassem. Daí surgia um bolero mais quente e com swing baiano, que logo começaria a ter uma grande comercialização no meio musical, principalmente no meio sertanejo. Vinha para o sul e sudeste um novo ritmo, que se tornaria muito importante para quem gosta de dançar, pois pode se observar uma grande diferença entre 4 ritmos. O bolero, o sertanejo, o axé e o arrocha, cada um com seu tempo e compasso, mas podendo misturar seus passos com mais molejo. Com a mistura de instrumentos de sopro, cordas e percussão, o arrocha ficou muito leve de se dançar e com muitas variações. Temos hoje muitos cantores que aderiram o arrocha como estilo, nem sempre se aproveitam as letras, mas o ritmo é uma delícia.

P.S.: Arrocha também é conhecido como Bachata

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dançar com criatividade


Grease – Apresentação do Ritmo Soltinho.


Se observarmos o  comportamento do ser humano, veremos que fomos criados para ficarmos em pé e nos deslocarmos constantemente. Todos os nossos movimentos podem dar origem a uma caminhada, a um gesto pequeno ou maior, de acordo com a intensidade, e até mesmo a sequências mais aceleradas dando origem a movimentos de dança e de ginástica. O importante é sabermos que isso faz parte da nossa natureza e por isto está inato no nosso ser. São sentimentos que podem aflorar se os estimularmos, como a sensualidade, a vontade e a necessidade de aprender coisas novas. Devemos então, pensar que ser criativo na dança de salão, o homem (o cavalheiro) e a mulher (a dama), estão acoplados, e por isso são uma única essência. se a sintonia for boa, o cavalheiro vai conduzir a dama sentindo que ela está correspondendo, vai poder usar de movimentos de transição e criar saídas e deslocamentos sem ter de combinar nada. Por sua vez, ela, a dama, não vai seguir o comando dele e sim, vai responder e por isso, a dança vai fluir com beleza e tranquilidade. 
O que precisamos para uma dança criativa é saber o limite dos nossos conhecimentos a respeito de passos a serem usados, técnica na marcação e no tempo pedido pelo ritmo, roupas confortáveis e sentimentos de alegria e prazer pelo que se está fazendo. Se a mulher deixar sua sensualidade, sentimento inato, se manifestar  junto a sua vontade de compartilhar com seu parceiro estes momentos felizes, ele por sua vez vai corresponder, tendo maior liberdade e segurança para criar. Nenhum dos dois, dama ou cavalheiro, enfeitam a dança sozinhos, precisam da cumplicidade e da parceria para que dê tudo certo, sentindo e entendendo a música, ela mesma vai te levar a superar a todas as suas expectativa.
Há uns 2 anos, um casal de amigos me procurou para que eu ensinasse um deles a dançar. Ela já sabia dançar e ele ficava só sentado apreciando e se divertindo com as conversas dos amigos. Por necessidade de fazer exercícios para que a sua saúde melhorasse, resolveu aprender dança de salão, somente podendo dançar ritmos mais lentos e teria que ser aulas somente para ele. Começamos a fazer aulas de bolero duas vezes por semana, tinha dificuldades com o ritmo, com a memorização dos passos e ainda trazia vários vícios adquiridos com o tempo. Foi realmente um desafio, para mim e para ele, mas com o tempo foi ganhando confiança e acreditando no seu potencial, estava sempre estimulado o seu poder de criação e superação, isso o fez crescer e acreditar, em 1 ano dançava um bolero como poucos aqui na minha cidade. Realmente criamos uma sintonia muito grande, ele é extremamente criativo e por isso a dança sempre sai diferente e cheia de improvisos. Quando danço com este meu parceiro tão querido, sinto que estamos flutuando e o bailado sai mais bonito e aperfeiçoado  a cada dia.
Por isso meus amigos, a criatividade pode aflorar a cada momento, devemos ser parceiros tendo paciência, estimulando sempre todos que nos chegam e nos confiam. A base da dança de salão é a simplicidade e a prática, deixando as nossas emoções e os sentimentos que nos são inatos tomarem conta da nossa alma e envolver o nosso parceiro, juntos tendo um maior entendimento e segurança no que estamos realizando, divirta-se para ser mais feliz.